Saturday, November 29, 2014

Child's Soul

Hoje deixo-vos com as fantásticas pinturas de Robert Romanowicz!
(Um dos pontos positivos da Internet, para mim, é puder encontrar trabalhos tão talentosos como este!)
 
Today I leave you with the fantastic paintings of Robert Romanowicz!
(One of the strengths of the Internet, for me, it is the possibility to find creatives so talented like this one!)
Enjoy the lovely work!
*Mask*
acrylic on the plywood of the thickness 4mm
*La Torta Apetitosa*
acrylic and oil on the plywood of the thickness 4mm
*En La Cocina*
acrylic and oil on the plywood of the thickness 4mm
*Tea*
acrylic and oil on canvas
*Camarero Diego*
acrylic on plywood pine 4mm
*El Tambor de Hojalata*
acrylic and old page with notes on the plywood of the thickness 4mm
*Shaman*
acrylic and page from the old book on the plywood of the thickness 4mm
*Rabbit Joe*
acrylic and oil on canvas
*Kury Weselne*
acrylic and oil on the plywood of the thickness 4mm





Wednesday, November 26, 2014

"Leve, leve, muito leve"


XIII
"Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo."

 O Guardador de Rebanhos – Alberto Caeiro

Tuesday, November 25, 2014

No silêncio da altitude

-
No silêncio da altitude
Nego-me ao barulho dos ventos
À pequenez das coisas pequenas.
Percebo os verdes, os amarelos, os castanhos e outros tons
Mas nos brancos macios me regalo. Insanamente feliz,
De encontro ao celeste. Aquele azul no ar.
-

Monday, November 17, 2014

Wednesday, November 12, 2014

Ouvi dizer...


- Ouvi dizer que aqui havia monstros. Havia?
- Havia.
- Onde?
- Algures, entre as sombras das árvores.

(Silêncio)

- Vamos embora?
- Não, vamos procura-los. 

Sunday, November 9, 2014

Human Decay by Antoine D'Agata


Mexico, Nuevo Laredo, 1991


Germany, Hamburg 2003


 Mexico, Nuevo Laredo, 1999


Guatemala


Guatemala, Puerto San Jose


Germany, Hamburg, 1998


Mexico, Tijuana, 2000


Italy, Naples, 2003


Canaries, Las Palmas


Antibodies


Antibodies


Antibodies


Antoine D'Agata


Antoine D'Agata


Antoine D’Agata (1961) é um reconhecido fotógrafo membro da famosa Magnum Photos. O seu fascínio é direccionado sobretudo para os casos marginais, a humanidade danificada física e mentalmente no seio da sociedade contemporânea.
No trabalho possui um terrífico realismo dirigido ao mundo das prostitutas, dos drogados, dos sem tecto e migrantes. Um estilo por vezes macabro e violento enfatizando a obsessão com a corporalidade.
 “Eu uso a fotografia como arma” afirma vendo a fotografia como meio para o confronto pessoal, político e estético das coisas. O seu interesse em coleccionar imagens sobre assuntos intocados, não noticiados ou simplesmente ignorados é brutal.
Para conseguir tais capturas viaja bastante durante longos períodos de tempo. Os locais são por norma dos mais conflituosos e perigosos. E como a maioria dos grandes fotógrafos D’Agata vive o dilema entre manipulação e espontaneidade. A sua estratégia está longe de ser apenas um observador.
Característico de si, D’Agata é um nómada que usa drogas e álcool para se conectar com os seus sujeitos. Para haver confiança é necessário haver antes uma partilha de experiências íntimas e pessoais.
Sem qualquer pudor ou preconceito o próprio admite que usa drogas e álcool para criar uma ponte de ligação entre si e os sujeitos, deixando de lado os limites e as moralidades sociais. Esse é o preço a pagar para conseguir infiltrar-se e obter partilha da outra parte.
Assim, afirma que consegue ser ao mesmo tempo, "jornalista, escritor, psicólogo e pintor." E é desta forma que denuncia a falsa e corrupta sociedade.
Anticorpos é o seu último trabalho sendo o mais selvático, macabro e desconfortável de todos. Um confronto total com a verdadeira verdade nos recantos mais escondidos do mundo.
Antoine D’Agata (1961) is a recognized photographer member of the famous Magnum Photos. His fascination is targeted especially for marginal cases, for humanity damaged physically and mentally within contemporary society.
His work has a terrifying realism directed to the world of prostitutes, drug addicts, the homeless and migrants. A style sometimes macabre and violent emphasizing his obsession with corporeality.
"I use photography as a weapon" says seeing photography as a way for personal, political and aesthetic confrontation. His interest in collecting images of untouched issues, not reported or ignored is simply brutal.
To catches this images he travel a lot during longs periods of time. The locations are normally the most contentious and dangerous. And like most of great photographers D'Agata is always facing the dilemma between manipulation and spontaneity. Its strategy is far from being just an observer.
Characteristic of him, D'Agata is a nomad who uses drugs and alcohol to connect with their subjects. To have confidence is needed before sharing intimate and personal experiences.
Characteristic of him, D'Agata is a nomad who uses drugs and alcohol to connect with their subjects. To earn confidence is needed sharing intimate and personal experiences.
Without shame or prejudice, himself admits using drugs and alcohol to create a bridge between themselves and their subjects, leaving aside the limits and social morals. This is the price to pay to get to infiltrate and get confidence of the other party.
Thus admits he can be at the same time, journalist, writer, psychologist and painter. And this is how he denounces the false and corrupt society.
Anticorpos é o seu último trabalho sendo o mais selvático, macabro e desconfortável de todos. Um confronto total com a verdadeira verdade nos recantos mais escondidos do mundo.
Antibodies is his last book being the most savage, macabre and uncomfortable. A total confrontation with the real truth in the most hidden corners of the world.

Fontes/Sources: 

Saturday, November 8, 2014

"Para além da curva da estrada"


"Para além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma." 


Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

Sunday, November 2, 2014

Acid Thoughts

Acid thoughts…
They come in a strange way…
Inside the dead water he left his ghosts.
Tired, he was gone.

He just... walked away.